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Rovuma LNG Project Supplier Networking Forum

Projeto Rovuma LNG organiza ‘Fóruns de Networking’ para Fornecedores

A ExxonMobil Moçambique, Limitada (“EMML”), em nome dos parceiros da Área 4, organizou dois Fóruns de Networking para Fornecedores do projecto Rovuma LNG, reunindo representantes da comunidade empresarial local e internacional, bem como outros stakeholders. O primeiro fórum teve lugar em Maputo, a 4 de Março, e foi seguido por um segundo evento em Pemba, no dia 6 de março. Ambos os encontros visaram proporcionar uma oportunidade única para conhecer directamente o projecto Rovuma LNG, conectar-se com profissionais do sector, explorar potenciais oportunidades e preparar-se para os desenvolvimentos actuais e futuros do projecto. “Os Parceiros da Área 4 organizaram estas sessões para apresentar as atividades do projecto Rovuma LNG, incluindo os Early Works, e fornecer informações e oportunidades para que as empresas moçambicanas se posicionem competitivamente, reforçando o nosso compromisso com o desenvolvimento do conteúdo local em Moçambique,” afirmou Arne Gibbs, director geral da EMML. Os fóruns são organizados pelo MozUp Enterprise Development Center (EDC), uma iniciativa financiada pelo projecto Rovuma LNG desde 2019. O MozUp representa a base da estratégia da EMML e dos Parceiros da Área 4 para promover o crescimento das empresas moçambicanas e aumentar a participação das pequenas e médias empresas (PME) na cadeia de fornecimento do Rovuma LNG e sectores relacionados. Com mais de 4.000 perfis registados, o Supplier Relationship Management Portal (SRMP) é a principal base de dados para fornecedores do sector de petróleo e gás, bem como para outras empresas que procuram contratar, estabelecer parcerias e adquirir bens e serviços de fornecedores locais em Moçambique. Empresas locais e internacionais, organizações e operadores são incentivados a visitar o site do MozUp (https://mozup.org/) e a subscrever o SRMP e a newsletter do MozUp.   Sobre a ExxonMobil Em Moçambique, a ExxonMobil detém uma participação indirecta de 25% na Área 4 e irá liderar a construção e operação das futuras instalações de liquefação de gás natural. Para mais informações, visite: www.exxonmobil.co.mz ou siga o Facebook: www.facebook.com/ExxonMobilMocambique   Sobre a Área 4 A Área 4 é operada pela Mozambique Rovuma Venture S.p.A. (MRV), uma joint venture incorporada, detida pela ExxonMobil, Eni e CNPC, que detém 70% de interesse no contrato de concessão de exploração e produção da Área 4. Além da MRV, a Galp, KOGAS e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos E.P. detêm 10% de interesse cada. A ExxonMobil lidera a construção e operação das instalações de liquefação de gás natural e infraestruturas associadas em nome da MRV, enquanto a Eni lidera a construção e operação das instalações de upstream.   Sobre o MozUp Financiado pelos parceiros da Área 4 e implementado pela Mozambique Enterprise for Sustainability (MES), uma empresa moçambicana, o MozUp é um Centro de Desenvolvimento Empresarial (Enterprise Development Center – EDC) que actua como um centro de excelência para apoiar o crescimento de empresas moçambicanas, promovendo competências e conhecimentos transferíveis que contribuem para o desenvolvimento económico local. O MozUp oferece uma plataforma multistakeholder para ajudar empresas moçambicanas e parceiros internacionais a entrarem e beneficiarem de uma ampla variedade de oportunidades de mercado, incluindo a cadeia de fornecimento de Gás Natural Liquefeito (LNG). Desde 2019, o MozUp tem trabalhado em estreita colaboração com mais de 1.200 fornecedores locais e PME, preparando-os para competir no mercado nacional e internacional.   Os seus principais serviços incluem: Supplier Relationship Management Portal (SRMP), com mais de 4.040 empresas registadas Avaliação e consultoria para empresas Formação e mentoria empresarial Oportunidades de networking Informação sobre acesso a capital   Para saber mais sobre o MozUp, visite http://www.mozup.org/. Para participar nos programas, registe-se no Rovuma LNG Supplier Registration Portal: https://prod-moz.daismp.com/member/login.

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OIL & GAS _ ESPECIAL MMEC

A urgência de energizar Moçambique

A necessidade de acelerar a expansão dos mercados de energia fora-da-rede desbloqueando o investimento no desenvolvimento e a implantação de mini-redes — por meio de políticas e de um ambiente regulador favoráveis — bem como apoiar as PME e o empreendedorismo com acesso à energia foi o denominador comum da Conferência e Exposição de Mineração e Energia de Moçambique (MMEC2023), em Abril. Moçambique está a dar passos para a criação de um ambiente propício que favoreça o investimento privado no sector da energia, e com vista a estimular actividades económicas que conduzam a um desenvolvimento mais sustentável. Nos últimos anos, os esforços da política de desenvolvimento do sector da energia têm-se concentrado fortemente na exploração das reservas de gás e na utilização dos recursos, como trampolim para facilitar o desenvolvimento socioeconómico do país. Actualmente, o país está a voltar-se para o segmento das energias renováveis fora-da-rede para estimular o seu desenvolvimento energético. No entanto, um grande desafio para o desenvolvimento do sector de energia, particularmente do sector da electricidade, são as tarifas que não reflectem os custos e limitam a sua capacidade de direccionar investimentos suficientes para aumentar o acesso à energia. Recentemente, por meio de reformas nas suas políticas reguladoras de energia, o país almeja alcançar o acesso universal à energia até 2030, sendo necessários grandes investimentos para atingir esse objectivo. O país identificou o desenvolvimento de infraestruturas de energia fora-da-rede como uma ferramenta poderosa para atingir a meta nacional de acesso universal à energia. Moçambique reconheceu que o ambiente da política energética precisa de ser melhorado por meio de reformas que apoiem a realização dessas aspirações de desenvolvimento.   Quadro regulador da energia de Moçambique A Política Energética de Moçambique — promulgada em 1998 — é um importante documento de política energética que afirma as necessidades de acesso à energia pela população e sectores produtivos. Alguns dos seus principais objectivos incluem a promoção de programas economicamente viáveis para o desenvolvimento de recursos energéticos, garantindo o fornecimento de energia eficiente e melhorando o acesso à energia por parte do sector doméstico. O instrumento regulador vigente para a electrificação em Moçambique foi a Lei da Electricidade de 1997, que foi actualizada em Julho de 2022 para reflectir as dinâmicas social, técnica e financeira actuais, com ênfase para as energias renováveis. Esta Lei define o enquadramento da política geral do sector eléctrico e de todas as actividades relacionadas com a produção, distribuição, transporte, consumo e armazenamento de electricidade, incluindo a exportação e a importação. Em Dezembro de 2021, foi publicado e aprovado um novo regulamento de acesso à energia fora-da-rede. Este novo regulamento, em vigor desde 24 de Janeiro de 2022, serve de suporte ao actual enquadramento legal do sector de energia fora-da-rede em Moçambique. Espera-se que este novo enquadramento ofereça ao sector privado um instrumento mais claro e transparente para a implementação dos seus projectos de electrificação fora-da-rede, que ajude a atingir os objectivos de electrificação para 2030 e atraia mais investimento privado para o sector energético do país. Estas reformas reguladoras serão implementadas através da Autoridade Reguladora de Energia (ARENE). A Autoridade em causa tem a responsabilidade de implementar e coordenar todos os processos relativos à aprovação de concessões antes e depois da sua submissão ao ministro para aprovação. Facilitando o investimento privado no sector de energia O novo quadro regulador da energia destina-se a criar um ambiente favorável e propício ao investimento privado no sector energético através de mini-redes com uma política específica. A política visa instalações menores (através de custos de transacção mais baixos) bem como a abertura da prestação de serviços de energia ao cliente final para actores do sector privado e permitindo a diversificação das tarifas nacionais-padrão. A política oferece um regime melhorado para sistemas solares domésticos e outras soluções de energia autónomas, que deverão desempenhar um papel fundamental no acesso à energia por uma parte significativa da população moçambicana que vive em áreas rurais. Assim, os fazedores de políticas pretendem usar o novo quadro regulador da política energética para mobilizar o financiamento adicional dos doadores e atrair investimentos privados para o desenvolvimento de infraestruturas energéticas no país. Os parceiros de desenvolvimento têm vindo a mostrar o seu apoio à reforma. Esta nova política usará os esquemas de incentivo existentes para mobilizar os recursos dos parceiros internacionais, visando apoiar o fornecimento de energia do sector privado. De notar que a nova política irá também obrigar as instituições públicas do sector energético moçambicano, como o Ministério dos Recursos Minerais e Energia, a Autoridade Reguladora de Energia e o Fundo Nacional de Energia a adaptarem-se às novas tecnologias, modelos de financiamento, maior conhecimento e compreensão das especificidades do mercado rural de energia, disciplina institucional e coordenação para gerir um número crescente de partes interessadas envolvidas no mercado. É importante ressaltar que a implementação prática e a aplicação da política serão a chave para o sucesso. Portanto, os detalhes sobre procedimentos de aplicação, padrões e todos os requisitos do novo regulamento precisarão de ser claramente articulados para a compreensão de todas as partes interessadas. Espera-se que os principais intervenientes estatais no sector energético de Moçambique coordenem eficazmente as suas acções com outros intervenientes no mercado energético para manifestar o necessário compromisso que assegure os resultados positivos desta nova política e reformas reguladoras. Além disso, o apoio do Governo e dos parceiros internacionais de cooperação para o desenvolvimento será indispensável para o sucesso das novas reformas políticas. O seu apoio será necessário para fortalecer a capacidade dos reguladores em estabelecer e gerir os novos processos, para clarificar os papéis das instituições estatais na expansão da rede e zonas fora-da-rede para electrificação, bem como estabelecer grupos de trabalho e associações sectoriais para facilitar um processo de consulta e partilha de boas práticas. O aumento da coordenação entre as instituições estatais sobre os planos de expansão, bem como as prioridades e metas específicas dos programas dos doadores é igualmente importante para garantir a eficiência e complementaridade dos projectos e programas de energia planeados no país. Se bem implementado, o novo

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