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Parte dos 30 barcos da Ematum já estão operacionais

O ministro do Mar, Águas Interiores e Pescas revelou que parte dos 30 trinta barcos da controversa Empresa Moçambicana de Atum (Ematum) já estão a operar. Agostinho Mondlane fala em parceria externa.

Custaram ao Estado moçambicano cerca de 850 milhões de dólares em dívida, numa operação ilícita entre 2013 e 2014, com o argumento oficial de pesca industrial de atum no alto mar.

O facto é que os 30 barcos da Empresa Moçambicana de Atum (Ematum) nunca chegaram a ir ao mar pescar qualquer atum que seja. Aliás, esta operação só deixou um fardo enorme para as contas públicas, despoletando o escândalo das chamadas “dívidas ocultas”.

Abordado sobre o assunto, o ministro do Mar, Águas Interiores e Pescas, Agostinho Mondlane, revelou que parte da frota destes barcos já está operacional.

“A própria Ematum já encontrou alternativas. Há alguns barcos que já estão a pescar fruto de parceiras com investidores estrangeiros. Há também investidores nacionais que interessados”, indicou o governante.

Sem, no entanto, avançar o número dos barcos que supostamente já pescam atum nas águas moçambicanas, Agostinho Mondlane, disse que o mais importante é o Governo encorajar as iniciativas para a operacionalização destas embarcações.

O plano para operacionalizar os 30 barcos quase obsoletos, começou a ser desenhado em 2018. Em Abril do ano seguinte (2019), o ministro do Mar, Águas Interiores e Pescas falara de alguns condicionalismos.

“Qualquer decisão do Governo sobre as embarcações tem implicações ao nível externo. Entretanto, o Governo está a tomar cautelas e a fazer consultas necessárias para a atender a sensibilidade do assunto”, argumentara na altura.

Sabe-se que as embarcações da Ematum foram adquiridas num estaleiro francês em 2013, no decurso do último mandato de Armando Guebuza. Na altura, as projecções governamentais apontavam para um encaixe anual de 90 milhões de dólares em receitas com as capturas deste recurso.

Fonte: O País

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