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Notícias

Maria de Assunção Abdula

Uma empresária com ‘E’ maiúsculo

Maria de Assunção Abdula é presidente da Federação das Mulheres Empresárias e Empreendedoras da CPLP (FMEE-CPLP) e além de possuir uma vida associativa intensa é também uma empresária com prestígio. É administradora executiva da Intelec Holdings e directora geral e sócia fundadora da empresa Electro Sul. Para muitos, Maria Abdula assume-se como um exemplo de uma mulher que empreende com garra num mundo dos negócios ainda liderado por homens. Neste mês de Abril, que celebra a Mulher Moçambicana, a Mozbusiness elegeu-a para a sua capa e ficamos a saber um pouco mais sobre o seu percurso profissional e as motivações que norteiam a sua vida. HELGA NUNES (entrevista) INÍCIO DE CARREIRA Porque decidiu construir a sua própria empresa e empreender? Eu tinha o sonho de ser médica, mas a dado momento da minha vida, o empreendedorismo chamou por mim, e senti que poderia fazer uma maior diferença no mundo empresarial, contribuindo com a minha energia e iniciativa. Para ser justa, divido este mérito com o Salimo Abdula, meu esposo e companheiro. Foi também graças à força e ao incentivo dele que decidi enveredar pelo caminho no mundo empresarial. Percebemos juntos que poderíamos contribuir com o nosso saber e espírito de iniciativa para o desenvolvimento do nosso país, através do empreendedorismo. Quanto às suas experiências, acredita que ser uma mulher tornou o seu caminho para o sucesso mais difícil? É verdade que temos uma sociedade machista e na altura em que comecei era um pouco mais ainda. Mas ainda assim, eu não sou muito apologista de nos escondermos no género feminino para vangloriar as nossas lutas e sucessos ou para justificar as dificuldades. Tive dificuldades sim, mas não as vejo — ou melhor, procurei não ver — como tendo a origem no facto de ser mulher. Hoje é uma inspiração para muitas mulheres. Em quem modelos se inspira para enfrentar os obstáculos com que se depara? Inspiro-me muito na minha família. Eles são a força que preciso para superar todos obstáculos. A família é tudo, ela é a base do ser humano, e ela deve ser sempre preservada e cuidada. Mas, também é claro que também me inspiro no sucesso de outras mulheres líderes dentro e fora de Moçambique, como a Michele Obama, por exemplo, a Ângela Merkel, a Luísa Diogo entre outras personalidades do mundo feminino que, sendo grandes líderes, demonstram igualmente serem grandes pessoas com foco e centradas também nas suas famílias. Empoderar mulheres parece ter-se tornado a missão da sua vida. Porquê? Poderia trazer aqui muitos motivos, mas vou resumir. Foi como disse antes: é uma forma que tenho de contribuir para o desenvolvimento do meu país. Sinto que neste momento tenho a sabedoria e a energia para o fazer, e sinto também que o país precisa e que eu, assim como outras mulheres empoderadas, podemos contribuir. Então, porquê não o fazer? Como interpreta os papéis sociais ainda atribuídos aos homens e mulheres na sociedade moçambicana? Não sei se percebi bem o alcance da pergunta, mas sinto que quer saber se hoje temos mais ou menos aceitação no mundo empresarial que antes, e se hoje as mulheres já são vistas com capacidade para liderar, e não somente para serem donas de casa. Se for nesse sentido, penso que os ganhos sociais são claros: hoje temos mais mulheres líderes, hoje temos a equidade (e a igualdade) a estar cada vez mais vincada e consolidada na sociedade. Hoje, a mulher moçambicana provou que a sua veia de mãe e dona de casa pode-se reflectir também em ganhos no mundo empresarial e na sociedade no seu todo. Mas permitam-me fazer um parêntesis para dizer que o papel de mãe e dona de casa continua a ser nosso e não devemos nunca esquecer disso, tal como ao homem cabe o papel de pai e chefe da família. É uma ordem natural muito bonita e que cria um grande equilíbrio social e emocional para as famílias. Nunca podemos perder este sentido de família.   CRESCIMENTO PROFISSIONAL Que conselho gostaria de ter recebido quando começou o seu próprio caminho para o sucesso? De natureza, sou uma pessoa um pouco impulsiva, com vontade de fazer as coisas a uma velocidade muito elevada, o que no princípio nem sempre ‘casava’ muito bem com o ritmo das pessoas. Talvez por isso, o conselho que deveria ter recebido, mais vezes, quando comecei, seria no sentido de poder transmitir às pessoas a necessidade de se elevarem, de superarem as suas próprias metas e de podermos ‘correr’ juntos. Hoje, felizmente, com mais experiência, consigo transmitir isso aos mais jovens e conseguimos correr todos juntos. O tempo provou-nos a todos a necessidade de corrermos, de sermos flexíveis e velozes, sabendo ter a calma necessária. É só vermos como as coisas evoluem rapidamente de um dia para o outro. É tudo muito rápido. O que pensa sobre as quotas, no sentido de garantir que as empresas tenham um certo número de mulheres nas posições de topo? As quotas sem dúvida que têm as suas vantagens em termos numéricos e de equilíbrio, mas apresentam outra desvantagem muito importante: limita o número de pessoas realmente competentes nas posições de topo ou em outras posições. Significa isto que eu não defendo que no topo devem ter pessoas só porque são homens ou mulheres, mas sim, pela sua capacidade, conhecimento, saber e experiência. Se são 4 ou 5 posições no topo, para mim não importa se são 4 ou 5 homens no topo, ou se são 4 ou 5 mulheres no topo, o que importa é que sejam pessoas merecedoras de lá estarem, e que tenham todos os requisitos exigidos para tal. Isso para mim é equilíbrio, é equidade. Que experiência recolheu do facto de ser a presidente da Federação das Mulheres Empresárias e Empreendedoras da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP)? Neste cargo, aprendo todos os dias, continuo a recolher diversas experiências. Mas há uma que realmente aparece mais vezes. Somos 9 países irmãos, 4 continentes, com similaridades culturais e históricas, mas temos

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Evaristo José Madime

Plataforma powered by CCMUSA vai analisar o Investimento no País

Existe um indicador que, entre outros de índole económica, orienta as decisões dos empresários e investidores: o indicador de investimento. Grosso modo, ouvimos falar do investimento que é feito e que provoca impactos mais ou menos visíveis na nossa economia, mas nem sempre dispomos de dados coligidos, tratados e divulgados ao ponto de sabermos exactamente como decorre a evolução dos montantes investidos; a que sectores de actividade se destinam ou para que áreas geográficas se orientam com maior preponderância; e entender quais os principais constrangimentos ou barreiras para o investimento no país. Porque nos interessa saber? Porque o mercado é uma unidade orgânica com vida própria, que ora respira ora arfa, sendo condutora de mudanças súbitas que podem fazer perigar o nosso negócio ou, por outro lado, e bem!… fazê-lo crescer de forma exponencial. Com o índice podemos estar munidos de uma ferramenta para as nossas acções de advocacia junto do Governo e outros stakeholders para a melhoria do ambiente de negócios e do investimento, em particular. Nesse âmbito, se soubermos navegar e aproveitarmos as marés dos novos projectos de desenvolvimento e que representam boas oportunidades de negócio no nosso país, estaremos na crista da onda. Estar atento, ou em cima do acontecimento, é uma forma de gerir as empresas. E nada como obter o conhecimento através da inteligência de mercado, ou dos estudos mercadológicos que nos permitem saber onde nos encaixamos na teia de investimentos concretizados, sejam eles nacionais ou estrangeiros. Ciente desta necessidade, a Câmara de Comércio Moçambique-EUA (CCMUSA), em colaboração com a Federação Moçambicana das Câmaras de Comércio (FMCC), está a projectar uma plataforma que irá permitir visualizar as variáveis associadas ao investimento enquanto indicador e a sua consulta destina-se a quem tem a árdua tarefa de gerir organizações e a obrigação de levá-las a bom porto. Uma componente de dados estatísticos com análise associada que seja de fácil consulta. Uma plataforma que possa ser actualizada de forma periódica e contínua, como forma de o empresário saber onde estão disponíveis os focos de investimento e quem de facto está a investir. As tendências de investimento revelam muito sobre o mercado e nós queremos apoiar o empresário, contribuindo com informações rigorosas que sirvam de suporte às suas decisões estratégicas. A ideia é que a plataforma possa dar pistas claras sobre que investimentos são realizados em diferentes sectores de actividade da economia moçambicana; as províncias e cidades de implementação dos novos projectos de desenvolvimento; as modalidades de investimento escolhidas; os países de origem (em caso de Investimento Directo Estrangeiro); as empresas responsáveis pelos capitais nacionais; que valores são e o que representam em casos práticos, com a inevitável componente de evolução. Daremos particular relevância ao investimento, pois o mesmo faz com que as empresas cresçam e promove resultados, tais como: maior produtividade, rentabilidade, geração de riquezas e empregos. Por outro lado, o IDE também expõe as empresas nacionais a novas ideias e práticas, e pode ainda significar um aumento do fluxo de saída de exportações, bem como um nivelamento da Balança Comercial. Como tal, Caro Empresário, esteja atento a este novo instrumento de trabalho desenvolvido pela nossa Câmara de Comércio e às futuras edições da MozBusiness.    

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Mozambique: Inflation turns into deflation

Inflation in Mozambique has turned to deflation, as the average level of prices in the country fell by 0.6 per cent in May, according to the latest figures released by the National Statistics Institute (INE), based on the consumer price indices for the three largest cities (Maputo, Nampula and Beira). The May fall in prices means that inflation for the first five months of the year was only 1.14 per cent. Inflation for the entire year (1 June 2019 to 31 May 2020) was 3.02 per cent. The foodstuffs with the largest reductions in price in May were tomatoes (14.2 per cent) and lettuce (13.3 per cent). Another factor in the May deflation, never experienced before, was the collapse in the price of private education. Because all schools are closed by government order, as part of the battle against the coronavirus pandemic, private educational establishments either cut their fees for May, or found they were unable to charge parents anything at all. So the price of crèches fell by 30.1 per cent, of private primary education by 24.6 per cent, of private secondary education by 14.9 per cent, and of private higher education by 14.3 per cent. Some foodstuffs rose in price in May – including brown sugar (11.5 per cent), onions (6.5 per cent), vegetable oil (3.4 per cent) and fresh fish (0.8 per cent). The price of new cars also rose (by 5.7 per cent). The price fall was not the same in all three cities. In Beira, the average level of prices fell in May by 1.57 per cent, and in Maputo by 0.79 per cent. But in Nampula prices rose by 0.47 per cent. Deflation in the middle of the year is quite normal in Mozambique – thus in May 2019, prices fell by 0.31 per cent. The basic trend is for prices to rise in the beginning of the year (January to April), fall in the winter months, as the harvest comes in (May to July), and then rise again in the final months of the year. Source: AIM

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Consórcio avança com plataforma de gás natural em Moçambique

Oconsórcio Coral Floating Liquefied Natural Gas SA anunciou a conclusão da montagem do primeiro módulo do casco da plataforma que irá produzir gás natural no norte de Moçambique. Num comunicado, o consórcio refere que foi montado o módulo de geração de energia na plataforma Coral-Sul FLNG, nos estaleiros da Samsung Heavy Industries, na Coreia do Sul. Segundo o jornal moçambicano Carta, o consórcio prevê que a produção de gás natural na área 4 da Bacia do Rovuma, ao largo da província de Cabo Delgado, irá arrancar em 2022. No comunicado, o consórcio garante que está a implementar um extenso plano para fornecer oportunidades de formação e emprego para jovens moçambicanos. O consórcio, liderado pela petrolífera italiana Eni SPA, inclui a petrolífera estatal chinesa China National Oil and Gas Exploration and Development Co., Ltd. (Fonte) Secretariado Permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa: https://www.forumchinaplp.org.mo/construction-of-vessel-for-tapping-mozambican-gas-progresses/?lang=pt

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Trocas comerciais entre a China e os Países de Língua Portuguesa de Janeiro a Março de 2020 foram de US$31,968 mil milhões

De acordo com as estatísticas dos Serviços da Alfândega da China, as trocas comerciais entre a China e os Países de Língua Portuguesa de Janeiro a Março de 2020 foram de US$31,968 mil milhões, um decréscimo homólogo de 5,13 por cento. As importações da China dos Países de Língua Portuguesa foram de US$23,227 mil milhões, um decréscimo homólogode 5,15 por cento, enquanto as exportações da China para os Países de Língua Portuguesa foram de US$8,741 mil milhões, um decréscimo homólogo de 5,08 por cento. As trocas comerciais em Março foram de US$10,593 mil milhões, um aumento de 20,36 por cento face ao mês anterior. As importações da China dos Países de Língua Portuguesa foram de US$7,503 mil milhões, um aumento de 0,71 por cento face ao mês anterior, enquanto as exportações da China para os Países de Língua Portuguesa foram de US$3,09 mil milhões, um aumento de 128,74 por cento face ao mês anterior.

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eSwatini’s economy forecast to shrink 6.7%

The small mountain kingdom of eSwatini’s economy will likely contract by 6.7% this year due to the coronavirus crisis, its government said on Friday. “The pandemic has forced us to divert and realign our budget so that we can address this coronavirus challenge,” said King Mswati III, Africa’s last absolute monarch, in a statement released on Friday. The fiscal deficit is set to widen to 9.1% from 4.3%. The landlocked southern African nation formerly known as Swaziland was among the last in the world to record a Covid-19 death in late April. It has now documented 279 positive cases with 2 deaths. Most of eSwatini’s 1.5 million people eke out a living as farmers or migrant labourers in neighbouring South Africa. By Lunga Masuku and Tanisha Heiberg, Source: Moneyweb

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Breve nota sobre o Ajustamento do Preço dos Combustíveis

O Governo anunciou, a 13 de Maio em curso, a redução do preço dos combustíveis, respectivamente, em 3.36Mt/Lt para o Gasóleo e em 2.27Mt/Lt para a Gasolina, passando para 64.22 Mt/Lt e 60.15 Mt/Lt, respetivamente. A CTA já havia levantado a questão do custo de combustível continuar elevado, enquanto o preço da sua principal matéria-prima, o Petróleo Bruto (Crude), tem vindo a reduzir drasticamente nos últimos meses devido aos impactos da COVID-19, tendo caído entre os meses de Janeiro a Abril do ano em curso, de USD 66.25/Barril para USD 20.84/Barril, o que corresponde a cerca de 68.5%. A redução decretada pelo Governo já era clamada pelo sector privado, contudo, a sua magnitude foi aquém do expectável. Pelo que, o seu impacto no tecido económico é limitado, principalmente nos sectores que têm o combustível como a principal matéria-prima, nomeadamente, o Sector dos Transportes em que, o combustível representa cerca de 45% dos custos operacionais. Só para se ter uma ideia, uma empresa de transporte de carga que percorre o trajecto Maputo-Chibuto por exemplo, uma distância de aproximadamente 220 Km, o custo com o combustível por viagem (ida e volta) é de MZN 14,628 considerando o preço anterior dos combustíveis, sendo que, com esta redução do preço, este custo reduz em apenas 3.4%, ou seja, para MZN 14,128, representando em termos absolutos cerca de MZN 499. Uma análise similar pode-se fazer em relação aos operadores de transportes públicos que, ao preço anterior, para um percurso Baixa – Boane, por exemplo, com aproximadamente 38 Km, suportam um custo diário de combustível de MZN 2,560, sendo que, com a redução do preço do combustível, este custo reduz em MZN 87 para MZN 2,473, o equivalente a uma redução de apenas 3.4%. Portanto, como se pode notar, a redução do preço de combustível terá um impacto relativamente reduzido face aos desafios que o sector empresarial tem estado a enfrentar por conta desta pandemia. Por exemplo, o sector dos transportes públicos regista uma perda diária de facturação de cerca de 57% com tendência a se agravar, podendo ascender a cerca de 70% caso a situação da pandemia se prolongue por mais 2 meses. Pelo que, a dimensão da redução do preço não terá sido suficientemente notável neste sector. Assim, o sector privado entende que a redução do preço dos combustíveis poderia ter sido maior. Neste aspecto, é importante notar que a dimensão da redução do preço dos combustíveis foi um pouco limitada pela entrada em vigor do novo regulamento dos produtos petrolíferos, aprovado pelo Decreto 89/2019, de 18 de Novembro, que introduz um elemento adicional na estrutura de preço dos combustíveis (margem das instalações centrais de armazenagem). Esta nova componente acresce o custo do combustível em MZN 1.22. Portanto, se este ajustamento tivesse sido realizado com base na anterior estrutura de preços, a redução seria MZN 1.22 maior, sendo que o actual preço da Gasolina e do Gasóleo seria de 63 Mt/Lt e 58.93 Mt/Lt, respectivamente. Neste cenário, o impacto na redução dos custos dos transportadores de carga e de passageiros seria de 5.2%, cerca de 2 pontos percentuais acima do cenário actual em que o impacto é de 3.4. Relativamente à dimensão da redução, o sector privado esperava que fosse maior, tendo em conta a queda vertiginosa do petróleo bruto no mercado internacional, associada a uma valorização não tão significativa do Dólar, que, em relação ao Metical, valorizou-se em apenas 5% de 64.5 USD/MZN para 67 USD/MZN entre Janeiro e Abril, enquanto o preço de combustível baixou em 68.5%, de USD 66.25/Barril para USD 20.84/Barril neste período. Contudo, baseando-nos nas declarações do Ministro de tutela, a dimensão desta redução baseou-se no custo do combustível adquirido nos meses de Janeiro e Fevereiro do ano em curso, período em que o preço do petróleo no mercado internacional estava em 53.48 USD/Barril. Neste sentido, esperamos que no Mês de Junho o preço dos combustíveis volte a reduzir, reflectindo, assim, a dimensão real da redução do preço do petróleo no mercado internacional verificada entre Fevereiro e Abril, de 53.48 USD/Barril para 20.84 USD/Barril. Em suma, apesar do sector privado ter recebido com agrado a notícia da redução do preço dos combustíveis, o mesmo espera que redução venha, futuramente, a acompanhar a tendência do mercado internacional, sem descurar, no entanto, alguns factores que também influenciam a determinação do preço, nomeadamente a tendência de valorização do Dólar e a redução do consumo dos combustíveis devido aos impactos da COVID-19.

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Património do Estado rendeu menos dinheiro no 1º trimestre deste ano

Já há alguns anos, que o Estado moçambicano vem se desfazendo da participação em alguns imóveis, com destaque para empresas públicas que não rendem. Uma das saídas tem sido a privatização ou mesmo liquidação das mesmas. No primeiro trimestre deste ano, o Estado encaixou 16 milhões de meticais em alienação do seu património, um valor abaixo dos 27.9 milhões de meticais entre Janeiro e Março de 2019, segundo dados copilados pela Autoridade Tributária, a que “O País” teve acesso. Sem, no entanto, especificar as razões da baixa cobrança, a Autoridade Tributária apenas avança que o valor arrecadado representa apenas 0,2 por cento, do total da receita cobrada pelo Estado nos primeiros três meses de 2020, que situou-se nos cerca de 54.6 mil milhões de meticais, após dedução de 3.1 mil milhões de reembolsos do Imposto sobre o Valor Acrescentado. Refira-se, que o património do Estado moçambicano, em particular, empresas públicas está avaliado em mais de 2,3 mil milhões de meticais, segundo o último inventário que dada de 2016 e reflectido na Conta Geral do Estado de 2017. O inventário envolveu igualmente o levantamento dos bens patrimoniais das autarquias, cujo valor é de aproximadamente 364,1 milhões de meticais.

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Banco chinês financia infra-estruturas em Moçambique

OExport–Import Bank of China emprestou, em 2018, 7,8 mil milhões de meticais (US$114,3 milhões) a Moçambique para a construção de infra-estruturas rodoviárias e portuárias. Segundo a Conta Geral do Estado moçambicano, divulgada recentemente, 6,8 mil milhões de meticais foram para a Empresa de Desenvolvimento de Maputo Sul, E.P., refere o jornal O País. O relatório revela que a empresa pública usou o financiamento para construir a ponte entre Maputo e Catembe, a cargo da China Road and Bridge Corp, e a estrada entre Boa Vista e Ponta de Ouro. Já a Administração Nacional de Estradas de Moçambique recebeu 625 milhões de meticais para reabilitar a Estrada Nacional Número 6, uma obra entregue à China State Construction Engineering Corp. Ltd. Segundo o jornal moçambicano, o banco estatal chinês financiou também, em 344,3 milhões de meticais, a reabilitação do Cais do Porto de Pesca da Beira, capital da província de Sofala. (Fonte) Secretariado Permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa: https://www.forumchinaplp.org.mo/chinese-bank-finances-mozambican-infrastructure/?lang=pt

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Mozambique gas: First topside module lifted on Coral South FLNG hull

Eni-operated Coral South FLNG project is making progress with the first topside module installed aboard the hull of the under-construction FLNG unit destined to develop offshore gas fields in Area 4 of the Rovuma Basin, Mozambique. Coral FLNG SA, an Eni-led JV developing the project, said Wednesday that the power generation module had been lifted aboard the hull, marking the start of the integration between the hull, launched in January, and the massive topside (12 process modules of around 70,000 tons), both currently under construction in South Korea. “The construction of the FLNG facility, which is primarily carried out at Samsung Heavy Industry in South Korea with 7 main operating centers worldwide and a global supply chain, is progressing well aiming towards the commencement of production in 2022,” Coral FLNG said. The Coral South FLNG, a floating facility for the processing, liquefaction, and storage of gas, will be moored approximately 50 kilometers offshore of the Palma bay in the northern province of Cabo Delgado, Mozambique. Partners in the Coral FLNG SA are Eni, ExxonMobil, CNODC, ENH, Galp, and Kogas. The 432 meters long FLNG unit will have a gas liquefaction capacity of 3.4 million tons per year (MTPA), and it will be the first FLNG ever deployed in deep waters, at a water depth of approximately 2,000 meters. While not the first operational FLNG unit in Africa, the unit will be the first purpose-build FLNG in Africa. Namely, Cameroon was the first African nation to bring online an FLNG unit (in 2018), however, the vessel was converted from the 1975-built Moss LNG carrier and not purpose-built.

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