CCMUSA – Câmara de Comércio Moçambique USA

Notícias

Delegação da CCMUSA e equipa da Vodacom Moçambique posam juntos durante visita de cortesia em Maputo, promovendo parcerias estratégicas.

CCMUSA Visita Vodacom Moçambique para Fortalecer Parcerias e Promover Inovação

Na última semana, a Câmara de Comércio Moçambique-EUA (CCMUSA) realizou uma visita de cortesia à séde da Vodacom Moçambique, em Maputo, com o objectivo de estreitar laços institucionais e explorar oportunidades de colaboração entre as duas entidades. A iniciativa reflecte o compromisso da CCMUSA em promover parcerias estratégicas que impulsionem o desenvolvimento económico e a inovação no país.   Durante o encontro, o Presidente da CCMUSA, Onório Manuel, destacou a importância de alianças entre empresas moçambicanas e norte-americanas, enfatizando o papel central da tecnologia como motor de crescimento económico. “A Câmara está empenhada em facilitar o diálogo e a cooperação entre os sectores público e privado, criando ambientes favoráveis ao investimento e à inovação”, afirmou Manuel. Ele sublinhou ainda que estas parcerias são essenciais para dinamizar o sector empresarial e posicionar Moçambique como um destino atractivo para investimentos estrangeiros. A delegação da CCMUSA, composta por representantes da Broll Moçambique e da CCE Moçambique, foi recebida pelo CEO da Vodacom Moçambique, Simon Karikari. Na sua intervenção, Karikari reforçou o compromisso da empresa com o crescimento sustentável e a inovação nos negócios. “O nosso foco não é apenas promover a marca Vodacom, mas envolver todo o ecossistema de negócios, criando parcerias com entidades nacionais e internacionais que compartilhem a nossa visão de desenvolvimento”, declarou o CEO. Ele destacou a importância de explorar formas inovadoras de colaboração para fortalecer o sector empresarial moçambicano.     A visita marcou um passo significativo na construção de pontes entre a CCMUSA e a Vodacom Moçambique, com ambas as partes expressando interêsse em futuras colaborações que promovam o avanço tecnológico e o crescimento económico inclusivo. A presença de representantes da Broll Moçambique e da CCE Moçambique na delegação reforça o compromisso conjunto em dinamizar o sector empresarial e criar oportunidades para o fortalecimento do ambiente de negócios em Moçambique. Esta iniciativa é um reflexo do papel crescente das parcerias público-privadas na promoção do desenvolvimento sustentável e da inovação em Moçambique, alinhando-se com os objectivos estratégicos de ambos os sectores para posicionar o país como um centro de negócios na região.

Leia mais »
Luís Mhula

Maximização de lucros e transparência empresarial: O papel da auditoria no crescimento sustentável em Moçambique

Introdução De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), as Micro Pequenas e Médias empresas (MPMEs) representam aproximadamente 98,7% do total de empresas registadas no país. Apesar da sua relevância para a geração de empregos e crescimento económico, muitas dessas empresas ainda operam de forma informal e com baixa adesão a práticas de gestão e transparência financeira. A Contabilidade e Auditoria, muitas vezes vista apenas como uma obrigação fiscal, pode, na verdade, ser uma poderosa aliada na maximização de lucros, na eficiência operacional e na construção de credibilidade junto aos stakeholders. Este artigo pretende discutir o papel estratégico da auditoria no crescimento sustentável das empresas em Moçambique, especialmente para as MPME’s.   O que é auditoria e por que vai além do cumprimento fiscal? “A auditoria de demonstrações financeiras é um exame independente das demonstrações financeiras de uma entidade, com o objectivo de expressar uma opinião sobre se essas demonstrações foram preparadas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com uma estrutura de relatório financeiro aplicável.”— ISA 200 – Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com as Normas Internacionais de Auditoria. Para além do cumprimento de exigências legais e fiscais, a auditoria deve ser entendida como uma ferramenta de gestão que contribui para a identificação de ineficiências, mitigação de riscos e apoio na tomada de decisões estratégicas.   Quais os benefícios directos da auditoria? A adopção da auditoria pelas empresas pode trazer diversos benefícios, entre os quais se destacam: Transparência e confiança: empresas auditadas transmitem maior confiança a investidores, parceiros comerciais e instituições financeiras, facilitando o acesso a financiamento e parcerias estratégicas. Eficiência operacional: a auditoria permite identificar falhas nos processos internos, promovendo a implementação de melhorias e a redução de desperdícios. Apoio à gestão: relatórios de auditoria oferecem uma visão clara sobre a saúde financeira da empresa, servindo de base para planeamento e tomada de decisões mais informadas. Acesso ao mercado de capitais: a existência de demonstrações financeiras auditadas é requisito essencial para o acesso à Bolsa de Valores de Moçambique, abrindo uma nova alternativa de financiamento para empresas em crescimento.   Desafios da implementação de auditorias nas PME Apesar dos benefícios evidentes, a adopção da auditoria por parte das empresas especialmente nas MPMES enfrenta diversos desafios: Custo percebido: muitas empresas consideram a auditoria um custo elevado, sem perceberem seu valor como investimento. Baixa literacia financeira: a falta de conhecimento sobre gestão financeira e contabilidade dificulta a compreensão e valorização da auditoria. Resistência Cultural: gestores acostumados a modelos informais de gestão tendem a resistir à transparência exigida pelo processo de auditoria.   O caminho para a mudança Promover uma mudança de paradigma requer a actuação conjunta de vários actores: Educação e sensibilização: programas de formação e campanhas de sensibilização sobre os benefícios da auditoria são fundamentais. Incentivos institucionais: bancos e entidades governamentais podem oferecer condições mais favoráveis a empresas que adoptam boas práticas de auditoria. Suporte de associações empresariais: estas entidades podem desempenhar um papel-chave na disseminação de boas práticas de gestão e reporte financeiro.   Conclusão A auditoria deve ser encarada não como um encargo, mas como uma ferramenta essencial para o crescimento sustentável das empresas moçambicanas. Ao promover transparência, eficiência e credibilidade, a auditoria fortalece a posição competitiva das empresas e contribui para a construção de um ambiente de negócios mais robusto e confiável em Moçambique. É hora de transformar a forma como a auditoria é percebida e praticada, valorizando o seu papel estratégico para o futuro empresarial do país. Por: Luís Mhula – Partner I Head of Audit

Leia mais »
Vítor Simões, o CEO da Brithol Michcoma

Brithol Michcoma: inovação e compromisso com Moçambique há mais de três décadas

A atravessar uma fase de modernização e expansão estratégica, a Brithol Michcoma reafirma o seu compromisso com a excelência e a sustentabilidade. Liderada por Vítor Simões, a empresa aposta na transformação digital, na gestão sustentável e na formação contínua, consolidando a sua posição como referência nacional em soluções tecnológicas, gráficas e de segurança. Saiba isto, e muito mais, numa conversa que tivemos com Vítor Simões, o CEO da Brithol Michcoma – um grupo que opera há mais de 30 anos no País. Helga Nunes (texto) . Dino Valeta (fotos)   A Brithol Michcoma é reconhecida pela sua longevidade e inovação em Moçambique. Pode descrever brevemente as principais mudanças estratégicas pelas quais a empresa passou nos últimos anos? A Brithol Michcoma é uma referência no tecido empresarial moçambicano há mais de 30 anos. Desde a sua fundação por Herbert Haller, sempre combinámos visão estratégica com inovação tecnológica, mantendo uma forte presença nacional e uma aposta contínua na excelência. Em 2020, definimos um plano de modernização da estrutura organizacional e dos processos internos, que teve de ser temporariamente adiado devido à pandemia. Retomámos essa transformação em 2021 com a criação de uma unidade de compras centralizada, dando início a uma reorganização profunda da empresa. Com o falecimento do nosso fundador, passámos por um período de transição e de reflexão interna. Contudo, a partir de 2022, intensificámos a implementação do projecto de modernização, estruturando-nos em direcções estratégicas de acordo com as nossas diferentes linhas de negócio. Iniciámos também a certificação pela norma ISO 9001, já em vigor na Brithol Gráfica e em várias áreas técnicas e administrativas, com o objectivo de alcançar todas as unidades da empresa.     Quais são os maiores desafios actuais que enfrenta no mercado moçambicano e como têm conseguido ultrapassá-los? O mercado moçambicano tem enfrentado uma desaceleração significativa nos últimos anos, com particular impacto no sector público, que deixou de adquirir vários produtos gráficos desde 2020 — incluindo a conhecida carta de condução biométrica, anteriormente produzida por nós. Além disso, o sector bancário passou por um período de incerteza até à estabilização do novo sistema SWITCH da SIMO. Perante esse cenário, temos conseguido manter a nossa posição através de uma gestão financeira rigorosa, da resiliência das nossas equipas e do apoio consistente dos nossos accionistas, que continuam a acreditar na economia moçambicana e na nossa capacidade.   De que forma a Brithol Michcoma tem respondido às necessidades específicas dos sectores financeiro e governamental em Moçambique? Estes dois sectores têm um peso significativo na nossa actividade. Ao longo dos anos, posicionámo-nos como parceiros estratégicos de confiança, oferecendo soluções de alta qualidade e tecnologicamente avançadas. Fomos pioneiros na personalização de cheques, acompanhando a regulamentação do Banco de Moçambique em 2019, e atingimos a liderança de mercado nesta área em 2022/2023. Já em 2006, gerimos com sucesso a mudança do Metical, substituindo todos os cheques em circulação, sem disrupções. Na área de equipamentos bancários, representamos marcas de renome internacional, garantindo aos nossos clientes soluções fiáveis, eficientes e adaptadas à realidade local. Para o Estado, temos desenvolvido e implementado diversos modelos de impressos de segurança, que continuam a ser utilizados — ainda que hoje, em muitos casos, produzidos por outras entidades.   Em termos de segurança e identificação digital, como avalia o nível actual do mercado moçambicano, e qual tem sido a contribuição da Brithol neste sector? A segurança documental e a identificação digital continuam a ser áreas críticas e, infelizmente, o mercado moçambicano ainda se encontra aquém das suas reais necessidades. É necessário um esforço coordenado para recuperar o atraso tecnológico e aproximar o país dos padrões internacionais. A Brithol Michcoma tem desempenhado um papel activo nesta evolução, com soluções de impressão de segurança, de impressos protegidos contra fraude, personalização de documentos, ou o desenvolvimento de softwares “tailor made”. A nossa experiência, acumulada ao longo de décadas, permite-nos oferecer soluções robustas para os desafios actuais e futuros nesta área.   Como encara o futuro da impressão de segurança e gestão de numerário num mundo cada vez mais digitalizado? Que planos a empresa tem para acompanhar estas mudanças? O processo de digitalização é inevitável e continuará a crescer. No entanto, não podemos ignorar que a substituição total do papel e do numerário ainda está longe de acontecer, especialmente em realidades como a nossa. Na Brithol Michcoma, acompanhamos atentamente esta transição. Continuamos a investir em tecnologia e formação para garantir que, seja em soluções físicas ou digitais, mantemos a capacidade de responder com qualidade, segurança e inovação às necessidades do mercado.   A Brithol Michcoma tem lojas espalhadas em várias províncias do país. Que estratégias têm sido implementadas no sentido de garantir a qualidade e uniformidade dos serviços em locais tão diversos? Temos orgulho em afirmar que a Brithol Michcoma está presente em todas as capitais provinciais, e ainda em Nacala, assegurando uma cobertura verdadeiramente nacional. Em Maputo, contamos actualmente com duas lojas e prevemos a abertura de uma terceira em breve. Garantir a mesma qualidade de serviço em todo o território é um desafio constante, sobretudo num país com a dimensão e complexidade logística de Moçambique. As distâncias, o estado das vias de comunicação, as limitações nas cadeias de abastecimento e a variabilidade na infraestrutura de cada província representam obstáculos significativos que enfrentamos diariamente. Para superar essas dificuldades, desenvolvemos um modelo de operação assente na transferência contínua de conhecimento apartir da sede, garantindo que todas as delegações recebem formação técnica e operam com os mesmos padrões de qualidade. Enviamos regularmente os meios materiais e tecnológicos necessários, assegurando que cada loja e equipa técnica dispõe das condições adequadas para prestar um serviço eficiente, independentemente da sua localização. Este esforço logístico e operacional traduz-se num custo elevado, que se reflecte parcialmente no preço final. No entanto, os nossos clientes reconhecem o valor da qualidade consistente e da presença local, e têm demonstrado compreensão e fidelidade perante este compromisso da Brithol Michcoma com a excelência em todo o país.   Como é que a transformação digital, nomeadamente através das soluções Xerox, tem beneficiado os

Leia mais »
Yara da Silva — Consultora do Estado

Compras do Estado podem impulsionar produção local e industrialização

A Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), realizou um workshop sobre “Compras do Estado como Âncora da Produção e Industrialização”. Durante o evento, foi apresentado um estudo que aponta a possibilidade de o Estado incorporar até 80% de factores de produção locais em certos sectores estratégicos, nos próximos cinco anos. Arménio Mucache (texto)    O Estudo destaca que sectores como materiais de construção, fardamentos, materiais médico-hospitalares, indústria gráfica e produtos alimentares possuem condições para maximizar a incorporação de conteúdo local. O objectivo é atingir 80% de produção nacional nesses sectores e uma média de 50% em todas as compras públicas. A vice-presidente da CTA, Maria da Assunção Abdula, ressaltou que as compras públicas são uma ferramenta estratégica para impulsionar o crescimento sustentável do país. Segundo Abdula, o Governo realiza compras de bens e serviços num valor médio superior a 500 milhões de dólares anuais, mas grande parte desses produtos são importados, agravando o défice da balança de pagamentos. O Estudo identificou diversos desafios que dificultam a maior participação de empresas nacionais nas compras públicas. Entre eles, estão as fragilidades no quadro normativo, que exigem uma revisão da política de contratação pública para incentivar a produção nacional. A burocracia excessiva também é um entrave, sendo necessária a simplificação dos processos administrativos para facilitar o acesso das empresas locais às compras do Estado. Além disso, a infraestrutura inadequada impacta negativamente a competitividade da produção nacional, tornando essencial a melhoria da logística, energia e transporte.   Ponto crítico Outro ponto crítico é a dificuldade de acesso ao financiamento, o que exige a revisão dos critérios de elegibilidade e o aumento dos montantes disponibilizados às empresas locais. Para superar essas barreiras, é fundamental promover parcerias para a transferência de conhecimento e tecnologia, além de implementar mecanismos de auditoria como forma de evitar fraudes e corrupção na contratação pública. A secretária de Estado da Indústria, Custódia Paunde, destacou que o workshop foi uma oportunidade para definir acções concretas que promovam o conteúdo local e a transformação económica do país. O director da OIT para a Zâmbia, Malawi e Moçambique, Wellington Chibebe, reforçou que as compras públicas podem ser um instrumento estratégico para fomentar a produção local, gerar empregos e criar valor na economia.   Pedido de isenção do IVA para estimular a produção nacional Durante o evento, a CTA defendeu a extensão da isenção do IVA por cinco anos como forma de estimular o crescimento da indústria nacional. Actualmente, Moçambique dispõe de apenas 3,5% da matéria-prima necessária para a produção de óleo alimentar. Com a isenção do IVA e a integração da soja na cadeia produtiva, o preço do óleo pode cair de 245 para 141 meticais, tornando-o mais acessível para os consumidores. Além disso, a redução das importações de óleo e crude pode gerar uma poupança de 65 milhões de dólares anuais. A produção de soja poderá crescer 123% em cinco anos, passando de 51 mil toneladas para 360 mil toneladas, beneficiando cerca de 250 mil produtores e dinamizando sectores como a agricultura, o das embalagens e do transporte. O director da OIT destacou ainda que a despesa pública deve ser usada como ferramenta para a industrialização, promovendo a inclusão social e incentivando o emprego de mulheres, jovens e pessoas com deficiência.   Falta de transparência no procurement público Um estudo conduzido pela CTA revelou que a falta de transparência nos processos de contratação pública compromete a qualidade dos produtos e serviços adquiridos pelo Estado, além de favorecer a corrupção. Em 2023, a despesa pública atingiu 471 mil milhões de meticais, sendo 67% destinados a salários e aquisição de bens e serviços. No entanto, apenas 15% foi investido na compra de bens e serviços essenciais. A consultora Iola Silva destacou que a ausência de clareza nos processos de procurement prejudica as empresas nacionais. O estudo recomenda a revisão do regulamento de contratação pública, alinhando-o ao Programa de Aceleração Económica (PAE). Também sugere a criação de linhas de crédito específicas para sectores estratégicos, como agricultura, tecnologia e indústria, além da introdução de incentivos fiscais para bancos que financiem empresas locais.   A melhoria da infraestrutura também é apontada como essencial para reduzir os custos operacionais das empresas nacionais. Outra proposta do estudo é a implementação de selos de qualidade para aumentar a competitividade dos produtos locais e a reserva de uma percentagem das compras públicas exclusivamente para Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME), promovendo a sua participação no mercado. A CTA, o Governo e parceiros internacionais concordam que Moçambique pode aprender com países como o Brasil e a Noruega, que adoptaram estratégias bem-sucedidas para fortalecer a produção nacional.   Compromisso do Governo com a industrialização O Governo reafirmou o seu compromisso com a promoção do conteúdo local, alinhado à Estratégia Nacional de Desenvolvimento (2025-2044) e à Política e Estratégia Industrial (2016-2025). O Programa Nacional Industrializar Moçambique (PRONAI) visa aumentar a produção nacional, promovendo ligações empresariais entre produtores locais e a indústria. A secretária de Estado da Indústria também destacou a recente Lei das Pequenas e Médias Empresas (2024), que dá preferência às PME na contratação pública. O objectivo é fortalecer o sector privado nacional e reduzir a dependência de importações. O workshop concluiu que a industrialização do país depende da criação de um ambiente de negócios mais inclusivo, transparente e favorável à produção local.   TESTEMUNHOS   “Como é que mudamos este cenário? É preciso identificar o que Estado de facto está a comprar com esses 500 milhões de dólares e qual é a capacidade do sector privado, das empresas actualmente, e esta capacidade poder responder ao que o Estado compra. Será que existe capacidade? Se não existe, temos que construí-la. Quanto tempo levamos para construir essa capacidade? Quais são as medidas que temos que tomar para construir, para fazer essa capacidade? Então, foram identificados alguns sectores prioritários que já estão na posição para poder retornar os fornecedores e suprir, de alguma forma, as suas necessidades, mas produzindo localmente. Os empresários estão interessados em

Leia mais »
Gabriela Rato, directora da Gestão de Imóveis Residenciais, Broll Moçambique

Património Imobiliário

Usamos este espaço, nesta edição, para algumas recomendações que decorrem da nossa experiência da gestão integrada de propriedades. O tema património imobiliário é um assunto caro a todos os leitores. Está presente na vida das empresas qualquer que seja o seu âmbito de negócio, e na vida de todas as famílias. A diferença tem que ver com a dimensão e o uso deste património por cada um dos intervenientes, ou seja, por cada um de nós. Pese embora a dimensão desta vertente das nossas vidas seja muito variável em função das nossas necessidades, quer seja por sermos simples utilizadores deste património com extensão maior ou menor, ou porque detemos património imobiliário, os considerandos para este tema são na sua maior parte comuns e resumem-se a dois princípios: Acompanhar o seu ciclo de vida e criar valor. É neste aspecto que interessa referir os princípios gerais da Gestão Imobiliária que devem estar presentes na nossa memória melhorando a nossa relação com o património imobiliário, com o qual nos relacionamos. A gestão eficiente de propriedades é essencial para maximizar a rentabilidade e o valor do património imobiliário. Alguns aspectos importantes: – Manutenção: a manutenção dos activos imobiliários deve ser sempre proactiva. A mesma deve ser alvo de um cronograma de manutenção preventiva de todos os equipamentos e estruturas que o constituem. Adicionalmente a manutenção correctiva deve ser executada em tempo e derivada de efectiva fiscalização dos pontos fracos que se manifestam ao longo da vida dos imóveis; – Gestão dos inquilinos: a selecção criteriosa dos inquilinos é fundamental para uma utilização harmoniosa do património. Detalhar direitos e obrigações dos proprietários e inquilinos em contratos de arrendamento claros e justos, é fundamental para a preservação de relações duradouras e com benefícios para ambas as partes. Seguir uma política informada dos valores de mercado é fundamental para o estabelecimento de relações justas. – Comunicação eficiente: a relação entre proprietários de património e os seus inquilinos deve ser facilitada e clara. A utilização de plataformas digitais e a resposta atempada às preocupações de cada um resultam em relações frutíferas e informadas. – Gestão financeira: é um dos aspectos críticos da gestão de património imobiliário. Contas claras e detalhadas, ajustadas em função dos movimentos de mercado são essenciais para a gestão dos activos imobiliários. Manter um registo rigoroso de receitas e despesas preferencialmente recorrendo a software de gestão é fundamental. – Marketing: a promoção do património de forma adequada à sua função e dimensão é essencial para a criação de valor. A divulgação de património imobiliário recorrendo a ajuda profissional é uma mais-valia. – Processos céleres: em qualquer transacção imobiliária, é necessário que a mesma seja célere. Para isso, a preparação é fundamental. Informação de mercado, processos alinhados com as melhores práticas, clareza da comunicação e negociação são essenciais para uma melhor gestão das transacções, fortificando a confiança dos participantes. – Análise de desempenho: analisar regularmente o desempenho do património imobiliário, possibilitando a correcção das políticas de gestão em prática torna-se uma ferramenta de utilidade fundamental no estabelecimento e correcção da estratégia de gestão. Os níveis de ocupação, o estado da manutenção, os aspectos gerais do imóvel e a sua frequência, consoante o seu uso, são aspectos a ter em conta nesta avaliação de desempenho. – Conformidade Legal: manter actualizado o quadro legal aplicável ao património, sobre legislações locais e regulamentos, impostos e outras obrigações legais, garantindo que todas as práticas estejam em conformidade. Assegurar a legalidade dos contratos. Verificar e cumprir datas de compromisso, desde a entrega de declarações e impostos, actualizações de contratos e renovação de documentos. – Sustentabilidade: implementar práticas sustentáveis na gestão de resíduos e eficiência energética, que podem reduzir custos e aumentar o valor do imóvel. Acompanhar evoluções técnicas e tecnologias e avaliar a sua aplicabilidade ao património imobiliário em gestão. – Melhoria contínua: manter práticas de comunicação com os utilizadores avaliando possibilidades de melhoria que beneficiem a utilização e o imóvel dentro de padrões de investimento sustentáveis, preferencialmente adoptando soluções que proporcionem retornos financeiros ou redução de custos a curto, médio e longo prazos. A Broll é uma empresa especializada na gestão de imóveis, potenciando a criação de valor. Sempre que necessário, entre em contacto connosco e conheça as nossas soluções.

Leia mais »
Kiluva Taveira Mocumbi- Directora-geral da TL - Transportes e Logística

Os principais desafios da logística em Moçambique: uma perspectiva rodoviária

Ponto Essencial: Num país tão vasto, com mais de 2.400 kms a separar a Capital (Maputo) da província mais a Norte (Cabo Delgado), uma boa conexão rodoviária é essencial, não só para assegurar a movimentação de pessoas e bens, mas também para promover a inclusão social e o desenvolvimento de todo o Moçambique, permitindo obter uma economia mais diversificada. Por Kiluva Taveira Mocumbi, directora geral da TL – Transportes e Logística   O que enfrentamos? – Infraestrutura rodoviária precária que, embora com algumas melhorias recentes, ainda carece de investimentos para superar as deficiências existentes que, considerando o eixo Maputo-Pemba (N1) com mais de 2.400 kms, colocam enormes desafios sobretudo em Sofala, Zambézia e Nampula; – Insegurança que ameaça pessoas e bens e que foi particularmente notória nos meses mais recentes com os protestos e manifestações que alastraram a grande parte do país; – Burocracia e alguns procedimentos complexos e pontuais que têm um impacto directo na eficiência e rapidez dos processos logísticos, aumentando os custos e tempos de entrega; – Operadores informais, sobretudo fora de Maputo, são um grande desafio ao sector e com consequências graves quer para os clientes ao nível do serviço prestado, quer para Moçambique por muitas empresas não cumprirem todos os requisitos estatutários e legais; – Impacto de situações externas (conflitos na Europa e Médio-Oriente) e de situações internas (instabilidade social e política) nos preços e custos, afectando a mobilidade e a logística em geral;     O que podemos fazer ou potenciar? — Infraestrutura Rodoviária: a) Implementar um plano de investimentos e de manutenção das estradas existentes (nomeadamente o eixo Norte-Sul N1), eventualmente com recurso a Parcerias Público-Privadas (PPP’s) ou Concessões; b) Desenvolver Pontos de Parada e Repouso para os camiões que percorrem o eixo Norte-Sul, de forma a garantir a segurança de pessoas e bens; c) Melhorar a formação de todos os intervenientes de forma a promover a inclusão, eliminar barreiras e melhorar a eficiência;   — Regulação e Enquadramento Legal: a) Rever e reduzir elementos burocráticos desnecessários, promovendo a participação do sector privado, no sentido de contribuir para melhorar a eficiência e reduzir custos para o cliente final; b) Criar um quadro protector das empresas formais e que contribuem para a economia de Moçambique, combatendo o mercado informal; c) Criar mecanismos de incentivo e apoio financeiro à descarbonização do sector da logística, permitindo uma transição para uma economia mais verde.

Leia mais »
Rovuma LNG Project Supplier Networking Forum

Projeto Rovuma LNG organiza ‘Fóruns de Networking’ para Fornecedores

A ExxonMobil Moçambique, Limitada (“EMML”), em nome dos parceiros da Área 4, organizou dois Fóruns de Networking para Fornecedores do projecto Rovuma LNG, reunindo representantes da comunidade empresarial local e internacional, bem como outros stakeholders. O primeiro fórum teve lugar em Maputo, a 4 de Março, e foi seguido por um segundo evento em Pemba, no dia 6 de março. Ambos os encontros visaram proporcionar uma oportunidade única para conhecer directamente o projecto Rovuma LNG, conectar-se com profissionais do sector, explorar potenciais oportunidades e preparar-se para os desenvolvimentos actuais e futuros do projecto. “Os Parceiros da Área 4 organizaram estas sessões para apresentar as atividades do projecto Rovuma LNG, incluindo os Early Works, e fornecer informações e oportunidades para que as empresas moçambicanas se posicionem competitivamente, reforçando o nosso compromisso com o desenvolvimento do conteúdo local em Moçambique,” afirmou Arne Gibbs, director geral da EMML. Os fóruns são organizados pelo MozUp Enterprise Development Center (EDC), uma iniciativa financiada pelo projecto Rovuma LNG desde 2019. O MozUp representa a base da estratégia da EMML e dos Parceiros da Área 4 para promover o crescimento das empresas moçambicanas e aumentar a participação das pequenas e médias empresas (PME) na cadeia de fornecimento do Rovuma LNG e sectores relacionados. Com mais de 4.000 perfis registados, o Supplier Relationship Management Portal (SRMP) é a principal base de dados para fornecedores do sector de petróleo e gás, bem como para outras empresas que procuram contratar, estabelecer parcerias e adquirir bens e serviços de fornecedores locais em Moçambique. Empresas locais e internacionais, organizações e operadores são incentivados a visitar o site do MozUp (https://mozup.org/) e a subscrever o SRMP e a newsletter do MozUp.   Sobre a ExxonMobil Em Moçambique, a ExxonMobil detém uma participação indirecta de 25% na Área 4 e irá liderar a construção e operação das futuras instalações de liquefação de gás natural. Para mais informações, visite: www.exxonmobil.co.mz ou siga o Facebook: www.facebook.com/ExxonMobilMocambique   Sobre a Área 4 A Área 4 é operada pela Mozambique Rovuma Venture S.p.A. (MRV), uma joint venture incorporada, detida pela ExxonMobil, Eni e CNPC, que detém 70% de interesse no contrato de concessão de exploração e produção da Área 4. Além da MRV, a Galp, KOGAS e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos E.P. detêm 10% de interesse cada. A ExxonMobil lidera a construção e operação das instalações de liquefação de gás natural e infraestruturas associadas em nome da MRV, enquanto a Eni lidera a construção e operação das instalações de upstream.   Sobre o MozUp Financiado pelos parceiros da Área 4 e implementado pela Mozambique Enterprise for Sustainability (MES), uma empresa moçambicana, o MozUp é um Centro de Desenvolvimento Empresarial (Enterprise Development Center – EDC) que actua como um centro de excelência para apoiar o crescimento de empresas moçambicanas, promovendo competências e conhecimentos transferíveis que contribuem para o desenvolvimento económico local. O MozUp oferece uma plataforma multistakeholder para ajudar empresas moçambicanas e parceiros internacionais a entrarem e beneficiarem de uma ampla variedade de oportunidades de mercado, incluindo a cadeia de fornecimento de Gás Natural Liquefeito (LNG). Desde 2019, o MozUp tem trabalhado em estreita colaboração com mais de 1.200 fornecedores locais e PME, preparando-os para competir no mercado nacional e internacional.   Os seus principais serviços incluem: Supplier Relationship Management Portal (SRMP), com mais de 4.040 empresas registadas Avaliação e consultoria para empresas Formação e mentoria empresarial Oportunidades de networking Informação sobre acesso a capital   Para saber mais sobre o MozUp, visite http://www.mozup.org/. Para participar nos programas, registe-se no Rovuma LNG Supplier Registration Portal: https://prod-moz.daismp.com/member/login.

Leia mais »
Tarifas impostas pelos EUA prejudicam economias africanas

Tarifas impostas pelos EUA prejudicam economias africanas

Uma nova onda de tarifas impostas pelos Estados Unidos da América, está a criar um cenário de incerteza económica em África, ameaçando o acesso dos países africanos aos mercados globais de dívida e colocando em dúvida o futuro da Lei de Crescimento e Oportunidades para África (AGOA).   Tarifas atingem sectores cruciais Países africanos como a África do Sul, Lesotho e Madagascar são os mais afectados pela recente política tarifária norte-americana. A África do Sul enfrenta sobretaxas até 25% sobre veículos e peças automóveis, impactando um sector que representa mais de 2 mil milhões de dólares anuais em exportações. Já o Lesotho sofre duramente com tarifas de 50% sobre os têxteis, colocando em risco milhares de empregos e uma parcela significativa do PIB do País. Mercado de títulos sob pressão A turbulência comercial também se reflecte no mercado financeiro. Segundo Aurélie Martin, economista da ‘Ninety One’, as dificuldades para os países africanos emitirem novos eurobonds têm aumentado devido aos spreads mais elevados nas taxas de juros. Países exportadores de petróleo, como Angola, Nigéria e Gabão, enfrentam desafios ainda maiores devido à queda simultânea dos preços das commodities, reduzindo as receitas fiscais num momento crítico. AGOA sob ameaça A AGOA, um acordo vital para as exportações africanas dirigidas ao mercado dos EUA, expira em Setembro de 2025 e o seu futuro afigura-se como cada vez mais incerto diante das recentes tarifas impostas pelos EUA. Essa situação já está a forçar muitos países africanos a reconsiderarem as suas estratégias comerciais e diplomáticas. A procura de alternativas Em resposta à crise, especialistas sugerem uma maior aposta no comércio intra-africano através do Acordo de Livre Comércio Continental Africano (AfCFTA), um acordo que se considera ser capaz de vir a permitir a redução da dependência externa e criar um ambiente mais resiliente face às flutuações internacionais. Diante das tensões comerciais e financeiras internacionais, a diversificação económica e o reforço dos mercados regionais são apontados como medidas essenciais para garantir a estabilidade económica de África, afastando a ameaça de isolamento financeiro e garantindo um crescimento económico sustentável.

Leia mais »
RENMOZ-2025 - debate

País vai triplicar a sua capacidade energética com fontes renováveis até 2030

O Atlas de Energias Renováveis (RENMOZ-2025) é um instrumento estratégico e informativo que consolida os principais dados, tendências e projectos em curso no sector das energias renováveis no País. Produzido pela Associação Moçambicana de Energias Renováveis (AMER), o Atlas constitui-se como uma referência nacional, reunindo informação actualizada tanto do sector público como do privado, e traça um roteiro claro para a concretização da meta de electrificação universal até 2030. O documento, lançado na conferência RENMOZ-2025, revela que, em 2024, a taxa de electrificação do País atingiu os 61%, um progresso significativo face aos anos anteriores, aproximando-se da ambiciosa meta de cobertura total até ao final da década. Apresenta, ainda, uma análise comparativa entre a capacidade instalada actual e as projecções para os próximos cinco anos, antecipando-se uma triplicação dessa capacidade, com especial incidência nas tecnologias solar e eólica. Refira-se que está previsto, para breve, o arranque do primeiro projecto eólico do País. Outro dado relevante apresentado é o facto de 65% da energia actualmente consumida em Moçambique vir de fontes renováveis. A estratégia delineada contempla um investimento global de 80 mil milhões de dólares, distribuídos por 14 programas de implementação, dos quais oito são considerados prioritários. Para garantir uma coordenação eficaz, foi criado um comité de implementação com representantes de múltiplos sectores, promovendo uma abordagem interinstitucional ao desenvolvimento energético. O Atlas apresenta ainda um conjunto de roteiros operacionais para o desenvolvimento de projectos, especificando os passos necessários e as entidades envolvidas, tornando-se uma ferramenta prática para promotores, investidores e técnicos do sector. Ao nível das mini-redes, identificam-se mais de 100 actualmente em funcionamento, estando previstos novos concursos públicos para expansão da cobertura nas zonas fora da rede. Durante a apresentação, Rita Marouço, gestora de projectos da Associação Lusófona de Energias Renováveis (ALER), salientou que o RENMOZ-2025 não é apenas um compêndio estatístico, mas uma plataforma orientadora que reflecte o compromisso nacional com uma transição energética justa, inclusiva e sustentável. Sublinhou ainda o papel crucial do sector privado e das parcerias institucionais no sucesso da estratégia. Com esta publicação, o País reafirma o seu empenho em liderar, a nível regional, o processo de descarbonização e expansão do acesso à energia, promovendo uma economia mais verde e resiliente às alterações climáticas.  

Leia mais »
RENMOZ-2025-Primeira-sessao_Easy-Resize.com

RENMOZ-2025: Moçambique acelera a transição energética e reforça ambição no acesso universal

Maputo acolheu, nos dias 23 e 24 de Abril de 2025, a 4ª Edição da Conferência Empresarial sobre Energias Renováveis – RENMOZ 2025. O evento reuniu mais de 550 participantes presenciais e 2300 participantes online, incluindo líderes empresariais, autoridades governamentais, especialistas e investidores nacionais e internacionais. A 4.ª edição da Conferência Empresarial de Energias Renováveis em Moçambique (RENMOZ-2025) consolidou o compromisso nacional com uma transição energética justa, inclusiva e sustentável. Entre anúncios de novos projectos solares, hídricos e eólicos, a apresentação do Atlas de Energias Renováveis e a preparação de legislação específica para sistemas autónomos, o Governo, investidores e parceiros reafirmaram a meta de alcançar a electrificação universal até 2030. Com um investimento previsto superior a 5,2 mil milhões de dólares e uma estratégia multissectorial alinhada com as melhores práticas globais, Moçambique assume-se como referência emergente na descarbonização e no crescimento verde na África Austral. Sob o lema “Transição Energética de Moçambique”, a conferência destacou-se como uma plataforma estratégica de convergência, reforçando o compromisso nacional com a aceleração da transição energética. O evento permitiu um amplo debate sobre as prioridades do sector, com enfoque na Estratégia de Transição Energética de Moçambique (ETE), assente em quatro pilares fundamentais: Sistema energético moderno e renovável; industrialização verde; acesso universal com foco em mini-redes, sistemas solares caseiros (SSC) e cozinha limpa; e descarbonização dos transportes. A transição energética em Moçambique foi descrita como uma mudança estrutural, que ultrapassa a simples substituição tecnológica. Trata-se de uma transformação de mentalidade e de modelo de desenvolvimento, centrada nos territórios e em diálogo com as comunidades. “A conferência serviu de oportunidade singular para reforçar o nosso compromisso com a transição energética no país. Estamos a construir um novo sistema energético e assumimos o compromisso de garantir que este seja moderno, justo e resiliente,” afirmou Ricardo Pereira, Presidente da Associação Moçambicana de Energias Renováveis (AMER). Durante a RENMOZ 2025, foram apresentadas iniciativas e instrumentos estratégicos que reforçam o ecossistema das energias renováveis em Moçambique: lançamento do Fundo Catalítico para Cozinha Limpa; lançamento do Fundo Catalítico para Sistemas Solares Caseiros, anúncio da implementação do programa +Sol, a partir de 2025; pré-qualificação do programa GET FiT para mini-redes. Na ocasião, foi igualmente lançado o 4ª edição do “Resumo: Renováveis em Moçambique 2024”, documento crucial que oferece uma análise abrangente da evolução do sector, com dados actualizados, tendências e oportunidades de investimento. Actualmente, 65% da geração eléctrica de Moçambique provém de fontes renováveis, e o país apresenta uma taxa de electrificação de 60,1%. Iniciativas como o RBF, os leilões PROLER e o novo GET FiT Mozambique para mini-redes continuam a reforçar o ambiente favorável ao investimento em energias limpas. “A RENMOZ 2025 revelou-se um verdadeiro catalisador de ideias e compromissos concretos para acelerar a transição energética em Moçambique e nos países de expressão portuguesa. Para o momento que atravessamos, mostra-se crucial o investimento em competências técnicas como a instalação e manutenção de sistemas solares e mini-redes, habilidades sociais como gestão e comunicação, bem como ferramentas digitais como contadores inteligentes e sistemas de facturação remota,” destacou Mayra Pereira, presidente da Associação Lusófona de Energias Renováveis (ALER). A conferência ofereceu um ambiente dinâmico, ideal para estabelecer conexões estratégicas e fomentar o diálogo entre 13 investidores e 6 empresas do sector, através de sessões de pitching voltadas para oportunidades reais de negócio e cooperação. Igualmente, o evento contou com: 4 eventos paralelos, 7 stands na área de exposição, 12 patrocinadores, 14 sessões de debate, mais de 40 oradores, representando o sector público, privado, programas de desenvolvimento e doadores. A RENMOZ 2025 foi co-organizada pela AMER e pela ALER, com o apoio do GET.invest Mozambique (financiado pela União Europeia e Alemanha), da Africa Energy Challenge Fund (AECF) e da Embaixada da Suécia.

Leia mais »